Há fatos indiscutíveis que, porém, não resistem a um olhar mais apurado, a uma segunda leitura.
Um exemplo: Weverton fez uma defesa espetacular no final do primeiro tempo e impediu o gol de Maycon. Cássio fez uma defesa “Cassiana”, fenomenal e impediu o gol, já nos acréscimos, o gol de Breno Lopes e a vitória palmeirense.
Então, o jogo foi igual? Nada mais falso. O Palmeiras teve 16 finalizações e o Corinthians, apenas seis. O erro de Breno Lopes e o grande acerto de Cássio impediram uma vitória que se justificaria pelos números e pelo rendimento.
O contra-ataque puxado por Yuri Alberto, com passe para Maycon desperdiçar, foi apenas a concretização da decisão de “jogar por uma bola”. Pelo menos, apareceu contra o Palmeiras. Contra o São Paulo e o Estudiantes, ninguém sabe, ninguém viu. Foram dois massacres.
Luxemburgo repudia a cada jogo a sua velha frase “o medo de ganhar tira a vontade de vencer”. O treinador criativo, ousado e corajoso deu lugar a um pragmático.
Nao vou esquecer que a diretoria vendeu Murillo, o seu melhor zagueiro e Guedes, o seu melhor atacante. E ainda o Adson.
Mas é possível fazer algo melhor, algo mais leve, no mínimo um contra-ataque constante e que não apareça apenas a cada três jogos.
O velho Luxemburgo não existe mais.
Agora, é um outro, com a cabeça presa apenas. A “zona da confusão”, outra frase sua.
Eu dou valor ao novo Luxemburgo. Com Murillo e Moscardo, vai encher os cofres corintianos. Vai manter o time na elite. E pode ganhar o título da Sul-americana.
Não é pouco.
Tem valor
Então, do que reclamo?
Sei lá. Talvez seja apenas saudades.
Para terminar, Endrick entrou aos 39 e mudou o jogo. Merece mais tempo de jogo
A expulsão de Murilo por reclamação é fruto do autoritarismo da arbitragem. Não pode ser contestada. É a mesma lógica da PM.